Quais são os interesses dos crackers na área da saúde?
Dados pessoais dos cadastrados, que podem ser vendidos no mercado negro;
Dados bancários ou de cartões de crédito dos pacientes, ainda mais se tiverem acesso ao banco de dados financeiro da instituição;
Planejamento estratégico, relatórios financeiros sigilosos ou sua movimentação bancária, na qual poderão ser utilizadas pelos concorrentes diretos ou até mesmo serem utilizados por fraudadores;
Propriedade intelectual de técnicas, metodologias, equipamentos ou sistemas pertencentes, incluindo procedimentos médicos e outras informações particulares e de relevância clínica.
Lições a partir dos erros alheios?
A Community Health Systems (CHS) é um grupo que administra 198 hospitais em 29 estados norte-americanos, e em 2014 foi a primeira vítima famosa de roubo de dados de hospitais.
Nesta época, as informações de 4,5 milhões de pacientes foram expostas ao conhecimento de hackers, que as realocaram para venda no mercado negro. Ali estavam endereços, dados de cartões de crédito, números de telefones e muito mais.
Passou-se um ano e veio mais uma notícia similar nos portais de notícias do mundo todo. Em 2015, a Anthem, segunda maior seguradora dos Estados Unidos prejudicou sua imagem por falhas na segurança de dados.
Um ataque virtual nos sistemas dessa instituição foi o responsável pela violação nos dados de 78,8 milhões de clientes dessa instituição.
No último mês de abril, a divisão de inteligência de segurança da Cisco detectou uma variante de ransomware criado especialmente para extrair informações das redes de hospitais e outras instituições de saúde.
O malware chamado de Samsam penetra nos servidores e criptografa toda a base de dados dos hospitais. Em seguida, os crackers passam a exigir pagamento de milhões de dólares pelas informações.